Estão situadas nas margens do rio, constituindo Reservas Naturais do Estuário do Tejo. Estas salinas foram importantes na extracção de sal que, em virtude da grande extensão de salinas, era extraido em abundancia, sendo mesmo outrora exportado para o estrangeiro.
Esta era uma actividade importante no estuário do rio. Os barcos " Fragatas " levavam o sal para os cais de Lisboa, onde era carregado para os Bacalhoeiros que vinham do Norte. As secas de Bacalhau existentes principalmente na margem sul do rio, era outra fonte de consumo do sal. Actualmente a extracção deixou de ter a importância do pas
sado, com o recurso da Industria do Bacalhau ao congelamento para sua conservação.Com os seus tanques, em jeito de janelas abertas na terra, as salinas polvilhavam os sapais e quebravam a monotomia da paisagem com as suas serras de sal erguidas nas planuras verdes e húmidas do estuário. Algumas ainda hoje apresentam a imponência do passado, apresentando um bonito espectáculo nas margens do Tejo.
O progresso e a perda económica do sal, levou ao encerramento e ao abandono da maior parte das salinas.
A importância ecológica das salinas , é reconhecida, porque funcionam como locais de r
efúgio e abrigo das aves aquáticas, nos sapais das zonas húmidas onde se localizam.No estuário do rio Tejo, as mais importantes são as de Alcochete e Samouco, que servem de abrigo e refúgio ás dezenas de milhares de aves aquáticas invernantes que anualmente demandam os extensos campos de lama, nas suas rotas migratórias.
Mário Pinto
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